Queen Charlotte's Hospital

sorri, passando as mãos nas suas costas - Marty, quebras.me o namorado, vou.te quebrar a ti - avisei.o na brincadeira - queres ir descansar ? - perguntei - também tenho de voltar ao meu turno

Marty fazia com que ficasse algo embaraçada mas tambem orgulhosa da nossa noite anterior - sais daqui a uns dias, como e que te sentes ? - perguntei andando lado a lado com ele sem lhe tocar

- nunca mais te lembraste de nada desde o teu nome ? Pensava que a terapia andava a ajudar - rocei a minha mao na sua - pode ser que com o tempo volte - tinha esperanças disso

Sorri - Temos o futuro todo a nossa frente, por isso, memórias não te vão faltar - chegámos ao seu quarto e deixei que se instalasse antes de sair - vejo.te logo a noite - olhei por cima do ombro para ver se ninguem estava a passar e beijei.o

Era sem dúvida aquilo que me deixava mais ansioso por sair do hospital - isso de criar novas memórias com ela, viver aventuras a seu lado. Estava a pensar a longo prazo. 

- Até logo, Mer - Despedi-me depois de lhe roubar mais um beijo seguido do que ela me dera.

Quando nao queria, o tenpo passava a correr. Esperava que os dias se alongassem para ele nao ter de sair dali mas nao era isso que acontecera. Quando dera por mim ja eu estava de folga e ele edtava so a espera dos papeis da alta para poder sair, apesar de ter pouca coisa tinha trazido uma mochila para ele guardar as coisas - a medica deu.te a medicacao e os papeis com as indicacoes nao foi ? E o papel da fisioterapia 

O nervosimo aliado ao entusiasmo criava-me um frenesim agora que estava a minutos de assinar os papéis da minha alta e sair pela primeira vez daquele hospital passados mais de um ano desde que chegara ali pela primeira vez em coma profundo. Estava a acabar a mochila que ela me trouxera mas que continham apenas as poucas peças de roupa que me tinham sido oferecidas durante a minha estadia no hospital - Tenho já tudo aqui guardado - Garanti-lhe. Podia ver o quanto Mer estava apreensiva. Sabia que ela estava preocupada comigo e as minhas tentativas de a sossegar tinham sido sempre em vão. - Já são tantas as consultas marcadas e a fisioterapia diária que parece que mesmo saindo daqui vou ter que voltar quase todos os dias.

- e normal mas e bom sinal, vou ter e de coordenar horarios para nao teres de vir sozinho. Temos de ver se as coisas tao todas corretas, deviamos pedir a medica para retificar tudo novamente. E se alguem fez algum erro ? - perguntei enquanto mexia nas minhas maos e comecava a andar de um lado para o outro, nervosa por ele ir sair dali. E se tivessemos um acidente enquanto o levava para casa ?

Vê-la a andar de um lado para o outro já me estava a deixar um pouco tonto e por isso, antes que ela atribuísse isso a algum sintoma que lhe daria razão para me internar novamente, parei-a e fi-la encarar-me - Já está tudo mais do que verificado. Eu estou apto para sair. para estarmos juntos fora das apredes deste hospital. Relaxa.

Assenti e a medica entrou no quarto, fazendo cara feia por estar abracada a ele. Depois de toda a conversa que eu ouvira com máxima atenção, ele ficou pronto para sair. Mandei.o sentar.se na cadeira de rodas - senta.te e escusas de fazer cara feia, e protocolo

A minha mão tremeu ligeiramente ao assinar os papéis, depois da médica, que me declaram livre de sair dali. Tinha em mim imensa euforia e só me apetecia beijar mer mas refreei-me devido à audiência de médicos e enfermeiros que podiam levar a mal. Torci mesmo o nariz perante aquele protocolo - Não gosto - Mas lá teve de ser. Felizmente a viagem foi pouca e rapidamente chegámos à saída do hospital onde me pude desfazer dela. Nunca mais me veriam como um inválido, prometi a mim mesmo. 

- e menos esforco que fazes, nao demorou tempo nenhum - quando entramos dentro do carro parei, o meu corpo bloqueou e eu nao conseguia conduzir - tens 100% confiança em nos, no nosso futuro e que nada nos vai acontecer 

e se tivermos um acidente? e se eu perder controlo do carro mas ele é o unico ferido? liguei o carro e tentei nao pensar nisso, forçando.me a sair dali. apertei a sua mao e trouxe.a ate aos meus labios para a beijar, seguindo depois caminho - eu prometo cuidar de ti, sempre

Ganhei coragem e pus.me a caminho de casa, andando mais devagar que o costume - isto e um carro - disse a brincar com ele - um veiculo que nos leva a sitios - ri.me

- Na verdade não sei, as vezes a minha irmã sai com amigas ou assim e não aparece o dia inteiro. o meu pai era suposto estar a trabalhar mas a minha mae nao - expliquei - preferia que nao tivesse ninguem, seria mais facil se ja tivesses la quando eles chegassem

Ela saberia a melhor maneira. Já antecipava que não seria um momento fácil, mas estava pronto para mostrar o meu valor perante a sua família. Só esperava que fosse suficiente. - Diz-me algo sobre eles para que não tenha de os enfrentar de tábua rasa - brinquei,.