Pátio

Decisão definitiva o tanas. Segui atrás dela ignorando essa resposta. Podia compreender porquê que ela estava zangada e tinha que arranjar forma de ela me perdoar - Não te vou dar desculpas. Fiz merda. - Apanhei o seu passo que não era lá grande coisa dado os saltos se enterrarem na relva - Não tenho direito a uma chance para te recompensar e me redimir? 

- Olha, afinal concordamos numa coisa. Fizeste merda e da grossa - respondi, continuando a andar. Tinha sido facil para ele apanhar o meu passo porque os saltos não ajudavam na minha saida somewhat dramatica - Tens tanta rapariga que quer a tua atençao e a única que não quer ter nada a ver contigo é aquela tu nao largas. vai ter com a Africa ou outra qualquer, aposto que elas vao apreciar bastante a tua companhia - a medida que me aproximava da casa, o som da musica aumentava, fazendo com que fosse dificil ouvir.nos um ao outro e no momento que entrassemos dentro de casa, seria facil despista.lo no meio de tanta gente

- Estás a distorcer um pouco as coisas. Pode até ver imensas raparigas mas tem-nas havido desde que te conheço e eu sempre te escolhi a ti ao invés dela, remember? - Andei mais depressa e coloquei-me à sua frente antes que chegássemos perto do resto daquela gente - E eu quero continuar a dar-me contigo e não com elas.

Suspirei, parando de andar quando ele se pos a minha frente - Sim, eu sei. Já disseste isso mas segue para outra. Não sei qual é o teu interesse em mim, tens pessoas mais interessantes nesta festa do que eu. Vai conviver com elas, com Africa, com quem quiseres mas deixa.me - pedi. estava cansada de resistir a atraçao que tinha por ele e isto só iria passar se ele se afastasse e quanto mais depressa se afastasse, melhor para mim

Ok, aquilo não estava a resultar. Altura de fazer algo diferente - Caramba Hope, não percebes mesmo pois não? - Atirei para o ar e aproximei-me ainda mais dela - Não há mais ninguém como tu aqui. Ninguém interessante ou que não seja superficial. Só tu. És única. E também porque... - Olhei diretamente para os seus olhos - Não há mais ninguém aqui a quem eu queira fazer isto... - E desci os meus lábios até aos dela. Lentamente mas não tão lento que ela tivesse tempo de recuar e fugir. Calmo sem ser bruto mas fazendo a pressão necessária.

o seu beijo apanhou.me de surpresa. eu já o tinha beijado mas tinha sido algo de leve, apenas um toque de labios simples e rapido mas agora ele tinha.me apanhado. os seus lábios eram suaves e movimentavam.se junto a minha boca, esperando que eu correspondesse mas nao o fiz. Não de imediato, quando o choque passou e a minha libido se apercebeu da situação, os meus labios começaram a mover.se em sincronia com os deles, quase impacientes por mais. Levei a mão ao seu pescoço, entranhando os meus dedos pelos seus cabelos encaracolados enquanto o prendia naquela posiçao, junto a mim.

Por um segundo e somente por um segundo ponderei se aquilo ia correr de mal a pior e ela não ia corresponder. Eu estava bastante certo que isso não aconteceria - nunca ninguém me rejeitava. 

Hope não foi diferença. Pode ter demorado mas finalmente sentia-a entregar-se. Por muito automático que o meu beijar fosse, tornou-se em algo que era o meu corpo a comandar e não a mente. Coloquei os meus braços em redor da sua cintura e puxei-a para mim.

Senti os seus braços a rodearem o meu corpo e a puxarem.me para si, mantendo os nossos troncos colados. Não sei quanto tempo ficamos parados entre o jardim e a piscina a beijar.nos mas voltei a mim quando o ar começou a escassear - Kenneth.. Kenneth para - pedi enquanto pousava as maos no seu peito - nos nao deviamos estar a fazer isto - disse ainda com os nossos labios perigosamente juntos.

Será que já a teria conseguido reconquistar? Entre os sons da respiração entrecortada e o humedecer dos lábios num momento tão intenso era dificil dizer - Porque não, Hope? Se tu queres. Se eu quero. - Voltei a aproximar os nossos lábios mas só rocei os meus no dela. 

Suspirei, estremecendo ligeiramente quando os nossos labios se roçaram - porque é errado e porque tu quebraste a minha confiança. como é que sei que não vais voltar a fazer o que fizeste ? - fechei os olhos para não o olhar ou aos seus lábios carnudos

Dei um passo atrás - Não é só por causa da Africa gostar de ti e por isto ser uma traição à nossa amizade mas vais ter de me dar espaço e tempo para eu poder pensar e ganhar essa confiança de volta - respondi.lhe - Palavras não passam de palavras, eu preciso de ações - já tinha sido magoada por Christian. Não só insultos e mentiras que me tinha dito mas também quando me batera, isso tinha sido a gota de água

Suspirei e abanei a cabeça, não entendendo a sua insistência - porque... - ia fazer.lhe uma pergunta quando ouvi a voz de Africa a chamar por nós. como é que ela sabia que eu estava com ele ? como é que ela sabia onde eu estava ? isso agora era irrelevante uma vez que os chamamentos dela eram bastante audiveis.

- Kenneth! Hope! Ah estão ai - lançou o cabelo por cima do ombro - o que estão a fazer tão longe da festa ? Ken querido não queres vir dançar ? - perguntou toda sorrisos, ao qual eu revirei os olhos

- Eu apenas comecei a sentir um pouco zonza do calor e vim apanhar ar e ele veio certificar.se que eu não estava para ai desmaiada no chão - menti com os dentes todos que tinha na boca, sorrindo ligeiramente. vi.a franzir o cenho mas como a visão de Kenneth a salvar.me lhe tinha suado sensual, ela agarrou.se ao bicep dele como se não houvesse amanhã

- És como um heroi, sempre preocupado com os outros. - eu era uma ma mentirosa mas as minhas bochechas rosadas tinham ajudado e o facto de eu parecer um pouco desorientada tambem

- eu vou deixar.vos os dois a sos - fiz um sorriso fraco e afastei.me dali, voltando para o caos da festa. mal tive oportunidade, agarrei num copo e fui bebendo um atras do outro enquanto dançava. eu precisava de mudar, soltar.me. uma nova Hope ia nascer ali e agora

Africa tinha sempre de aparecer nas horas menos oportunas. Hope, como sempre, não lhe fazia sempre. Como é que estas duas eram amigas eu não conseguia calcular. 

- Ken, babe, o teu mood já melhorou? - perguntou-me ela com mais esperança de que eu estivesse receptivo a ir para o quarto com ela. Afastei as suas mãos do meu braço.

- Neste momento só estou no mood para uma cerveja e um jogo de snoker. - respondi desinteressados assim que retomei o meu caminho para a festa.

Fui mantendo uns olhos em Hope de vez em quando. Já ganhara dois jogos de snooker, bebido umas quantas cervejas e começava a ficar aborrecido. 

Peguei numa garrafa de agua gaseificada e coloquei-me no beiral da porta do grande salão de Africa. Pessoas dancavam mas era claro que havia uma que se destacava no meio delas todas. Hope estava on fire e dançava de uma forma que a fazia parecer bastante diferente da rapariga estudiosa e tímida que dava a mostrar. Havia bastantes olhos especados dela. Os meus incluídos e os de Africa também,  que quase dardejavam faíscas.  Porque não provocar mais disso? Fiz o meu caminho por entre as outras pessoas até alcançar Hope. Juntei o meu tronco às suas costas, as minhas mãos fincadas na sua cintura. 

Olhei por cima do ombro quando senti alguém a agarrar.me, sorrindo ao ver Kenneth encostado a mim. Fechei os olhos e encostei a cabeça para trás, aproveitando o seu corpo como encosto enquanto continuava a rodar as ancas de um lado para o outro ao som da musica - adoro esta musica - disse, virando.me para ele de surpresa quando ouvi a nova musica de Ed Sheeran. A letra da musica quase se apropriava a este momento e eu não podia dizer que não adorava o seu corpo porque era uma delicia de olhar. Encostei o meu corpo mais ao seu, obrigando as suas mãos a rodearem a minha cintura e pousarem na zona lombar das minhas costas, perto do meu rabo. Levei as minhas ate ao seu peito, subindo.as lentamente pelo seu peito até aos cabelos. Aqueles cabelos encaracolados que eu tanto adorava.

Hope estava claramente alterada pois nem por um segundo vi retraimento no seu olhar. Assim era mais simples, muito mais simples. Segurei-a com mais firmeza. Os nossos corpos moviam-se juntos. Deixei uma das minhas mãos na sua zona lombas, mas a outro desceu um bocadinho. O seu vestido curto e colado ao corpo acentuava melhor o seu corpo e eu sabia exatamente onde tocar. 

Eu podia estar a querer tocar mais do que devia, mas Hope estava descaradamente a facilitar a tarefa. Tacteei as suas costas com uma das minhas mãos.passei-a para a frente, talvez acidentalmente roçando um dos seus seios. - Hope, Hope, Hope... - murmurei olhando.a intensamente - o que farias se eu me aproximasse ainda mais agora?

Senti um arrepio percorrer a minha pele a medida que a sua mão tateava o meu corpo. Olhei para ele, sorrindo ao ouvir a sua pergunta. Ele não precisava que eu lhe respondesse a isso, de certeza. entao, em vez de responder, decidi fazer o que o meu corpo queria. Cheguei.me mais para ele e puxei.o mais para mim, pondo.me em bicos de pes para os nossos labios colidirem. Eu estava de saltos mas mesmo assim ele ganhava.me por uns bons centimetros. Apertei os braços a volta do seu pescoço, ignorando as pessoas a minha volta enquanto estava naquela pequena bolha com ele. uma bolha só nossa onde mais ninguém existia. - isso respondeu a tua pergunta ? - perguntei junto a sua orelha, debicando.a com os meus dentes

Não pensei seriamente que ela o fosse fazer, mas pelos vistos esta estava a ser uma noite de revelações por parte de Hope. - Definitivamente - Respondi num tom lento e satisfeito ao seu ouvido. Busquei os seus lábios novamente enquanto a balançava pela zona de dança. 

Sorri contra os seus labios enquanto nos moviamos lentamente - queres sair daqui ? - perguntei contra a sua boca - nao queres ir para a tua casa ? - mordi levemente o seu labio enquanto o olhava. o meu sangue adulterado fervilhava, ansioso pelo seu toque - a nao ser que queiras ir beber mais um copo

-  Vamos para minha casa - Decidi. Já não queria mais estar ali e, sinceramente, também não estava virado para ir a mais sítio nenhum. Precisava de Hope sozinha para a poder convencer. Peguei na sua mão e encaminhei-nos para fora daquela casa.