Quarto de Hope

Aprofundei aquele beijo que ela tinha começado. Queria tudo dela naquele momento. Queria o seu sabor na minha boca enquanto nos viéssemos novamente. As minhas mãos seguiram pelas suas costas até terminarem nas suas nádegas. Marquei as minhas mãos contra elas e fiz, se possível, que os nossos corpos se embrenhassem mais ainda.

Gemi contra os seus labios, passando as unhas no seu peito. Queria.o mais perto de mim, queria senti.lo em todo o lado, ainda mais. Sentia.me dormente em sitios que não sabia que podiam ficar dormente, quente e suada em todo o corpo, ficando colada a ele e o meu cabelo colado a minha cara mas estavamos cada vez mais ligados e possivelmente a chegar a um segundo auge em poucos minutos - oh god

Não conseguimos parar. Não queríamos parar. O nosso ritmo estava frenético, uma busca desesperada para alcançar o prazer. E foi isso mesmo que acabou por acontecer. Senti o que estava para vir e era iminente. Tão iminente que só tive tempo de segurar o rosto dela e levar-nos em mais um beijo cru enquanto caímos numa espiral de prazer. 

Atingimos ambos uma onda de prazer que atingiu os dois e nos atacou, derrubando completamente as minhas barreiras. Deixei.me cair em cima do seu peito, sentindo o meu corpo mole e cansado. Os meus músculos estavam doridos, toda eu estava dorido no melhor sentido possível. Puxei as mantas para nos tapar e olhei para ele, acariciando o seu rosto - Passas ca a noite ? - pedi enquanto beijava os seus labios carinhosamente

- Por mim passavas cá as noites todas - deslizei para fora do seu abraço, ficando deitada ao seu lado - Não gosto de passar as noites aqui sozinha, a casa é tão grande e fica tão vazia quando sou só eu - fechei os olhos, beijando a lateral do seu peito - mas eu sei que não gostas destas coisas romanticas, por isso é como quiseres

Fiquei a passar o dedo no seu peito - Estás a dizer o que eu penso que estas a dizer ? - perguntei com um sorriso. nada me deixava mais contente que ter a sua companhia todas as noites - Acho que não me vou chatear muito se não me deixares dormir - estiquei.me para beijar os seus labios - Obrigada, por me teres feito esperar

Sorri, fechando os olhos - Eu também nao - murmurei, aconchegando.me a ele - Acho que, provavemente, foste o meu primeiro orgasmo. Não gozes comigo mas o Christian nunca foi.. como tu - encolhi os ombros - ainda bem que és diferente

- Ele tinha o dele, ele gostava do que nos tinhamos mas eu nao. E sim, es viciante. Todo tu es viciante, nao so os orgasmos que me das - encolhi os ombros - agora tambem ja nao importa, estou contigo e nao tenho intenções de voltar para ele, de todo

Ri.me, corando ligeiramente - Isso é possivel que aconteça amanha - sentia que o interior das minhas pernas estava algo inchado depois destas rondas e amanha era capaz de estar dorida mas nao era algo mau. comecei a sentir os meus olhos pesados, o cansaço começava a tomar conta de mim - O que aconteceu hoje foi fantastico

Sorri, aconchegando.me a ele - sim, uma de muitas - murmurei e senti.me a adormecer encostada a ele. tinha tido uma das melhores noites da minha vida com ele e so de pensar nisso, o meu peito aquecia, será que eu começara a ter sentimentos profundos por ele e nao me apercebera?

Foram as ultimas palavras da noite. Abracada a mim, Hope adormeceu rapida e suavemente com a cabeca apoiada no meu dorso, impedindo-me assim de fazer quaisquer movimentos, como por exemplo sair da cama, sair daquela casa. Mas, descobri, tambem eu estava relaxada e sem vontade de o ffazer. nem sequer pensei em Jennifer nem no que tudo isto significava. Simplesmente deixei-me ficar e acabei por adormecer tao bem, tranquilo como ja nao acontecia ha meses.

Mas, como usual, acordei cedo com o amanhecer. Nao era pessoa para dormir ate tarde, nunca fora. Observei Hope que ainda estava muito proxima de mim. A sua expressao completamente serena. Linda. Nao resisti. Consegui separar-nos daquele abraco em que tinhamos dormido a noite toda. Apenas um lencol cobria o seu corpo, mas eu afastei. Comecei por beijar o seu pescoco, depois o seu ombro. E fui descendo, percorrendo o seu corpo com um trilho de beijos suaves que esprava eu a fossem acordar. Especialmente agora que ja ia ao nivel da sua cintura.

Nao me lembrava da ultima vez que tinha dormido tao bem. Acordei com uma sensaçao de formigueiro pelo corpo, uma provocaçao na minha pele. Esfreguei os olhos e reparei que já não estava abraçada a Kenneth mas ele ainda estava na cama - Bom dia - disse com um sorriso - O que é que estas a fazer ? - perguntei, mordendo o labio ao ver o seu queixo encostado ao meu estomago

Finalmente ela acabou por despertar. Podia ver a confusão e também curiosidade no seu olhar perante aquilo que eu estava a fazer - Estou a acordar-te - Respondi num tom convicto - DA melhor maneira possível. - Acrescentei e voltei a pousar os meus lábios, desta vez já no interior da sua coxa e enquanto o fazia observei a sua expressão. E mais outro beijo e outro até estar bem próximo do seu baixo ventre.

- Estou a ver que sim. Nao podia ter pedido uma manha melhor - senti o seu beijo na minha coxa e arrepiei.me. - e onde e que foste buscar essa ideia ? - perguntei, respirando fundo

- Não posso revelar-te os meus segredos - foi tudo o que respondi. À luz da revelação dela da noite anterior, duvidava que o que eu estava prestes a fazer já lhe tivesse acontecido. Ia regozijar-me neste momento. Assim que fui orientando os meus lábios até ao centro do seu corpo, continuamente num trilho de trincadinhas, aproximei a minha boca. Mirei-a por breves segundos - Just enjoy - o meu movimento seguinte foi levar o meu polegar ao seu cume nervoso, excitá-la desta maneira, para quase nem trinta segundos depois substituir o mesmo movimento mas agora feito pela minha lingua. 

Nao podia dizer que estava a espera do que ele me estava a fazer. Agarrei o lencol com força, mordendo o labio para evitar um gemido que queria sair dos meus labios - Kenneth - chamei, revirando os olhos e a cabeca na almofada