Quarto de Hope

Olhei para ele e sorri - Achas que nao vou conseguir dar cabo de ti ? Vou ser tipo a Mulan e vou dar cabo do teu rabo - ri.me - ela era uma badass

- isso é um challenge ? - perguntei, olhando.o enquanto ele se aproximava - uma badass ? eu ? - suspirei quando me mordeu o labio - acho que tu trazes essa parte de cima ao de cima porque tu es o badass mais sexy que eu conheço - puxei.o para mim, beijando.o

Sorri entre beijos, deliciando.me com o seu toque - eu vou ser a aluna que vai ultrapassar o professor - enrolei as pernas no seu tronco - vais.me tornar numa lutadora sexy capaz de dar cabo do rabo de qualquer homem

Ele fazia.me sentir como uma adolescente, apaixonada pela primeira vez, feliz. Deixei que me levasse para o quarto, como sempre acontecia todas as noites, era impossivel resistir ao seu charme, fosse onde fosse rendia.me sempre a ele e ao seu toque que me levava ao ceu todas as noites

Tinha sido uma das melhores noites que tinha tido com ele, ele parecia estar a dar tudo o que tinha, todo o sentimento e eu sentia.me como nunca tinha sentido antes, amada. Quando acordei, estava sozinha na cama e nao havia sinal dele, apenas um papel com um recado. Sentei.me na cama embrulhada no lençol e liguei.lhe - bom dia - disse com um sorriso quando ele atendeu - ainda demoras muito ate casa ? - perguntei

Estiquei as pernas perante a sua pergunta, sentindo um sorriso brotar nos meus labios - acordei, senti.me foi um pouco sozinha.. a precisar de uma massagem aos meus musculos doridos.. - comecei a encaracolar uma mecha do meu cabelo - fico a tua espera na cama.. até já - ia desligar quando ouvi um barulho de choque no outro lado da linha - Kenneth ? - chamei mas ninguem me respondia - Kenneth estás bem ? - senti o panico dentro de mim fluir, fazendo o meu coraçao bater mais rapido e o pior aconteceu, a chamada foi abaixo. tentei ligar uma.. duas.. tres vezes mas ninguem atendia - nao.. nao pode ser.. - comecei a vestir.me as cegas, com os olhos cheios de lagrimas - nao lhe pode ter acontecido nada, nao a ele - peguei no carro e comecei a conduzir em direçao ao supermercado mais proximo, so podia ter sido ai que ele tinha ido

Dei por mim a conduzir, a procurar pela mota dele quando vi a cena no meio do cruzamento. A sua mota no chao, as compras espalhadas por todo o lado e apesar dele estar em pe, so conseguia ver o sangue na sua cara. Travei o carro no meio do transito e sai a correr até estar em frente a ele - o que é que aconteceu ? estas bem ? - aproximei as maos da sua cara  mas nao lhe queria tocar para nao o magoar - temos de ligar para as urgencias, tens de ir ao medico - agora que estava em frente a ele, as lagrimas ja caiam, deixando a minha visao ainda mais turva - nao devias estar em pe, a tua perna.. eles dizem que quando tens acidentes de mota deves ficar deitado, tens de te deitar - disse entre soluços

- Não, nao estas bem. Tens sangue por todo o lado e gravilha - a mota estava no chao, toda escavacada e a mulher que tinha causado o acidente estava bem, apenas o seu carro tinha uma amolgadela. Sorri, limpando as lagrimas - pois sai, porque a chamada foi abaixo e eu ouvi o barulho do acidente e tu agora estas assim.. eu nao podia ficar ali sem saber como estavas - ri.me, limpando as lagrimas

Abracei.o devagarinho, começando a chorar - devias.. devias ter ficado na cama comigo, a fazer.me uma massagem - disse contra o seu peito - a culpa nao foi tua, pois nao ? Vai ficar tudo bem, paga.se o arranjo do que for, so te quero em casa, seguro. - olhei para a velha com vontade de a matar - sabe que ele podia ter ficado gravemente ferido

- Deixa não, podia ter sido pior do que foi porque as pessoas nao tem cuidado. - olhei para ele, sentindo.me aterrorizada com a ideia de o perder. Acabei por deixar que ele tratasse das coisas que tinha a tratar por causa da mota, ficando sempre com atençao aos seus movimentos - tens a certeza que nao queres ir ao hospital ? - perguntei - eu acho que consigo conduzir - ao menos as minhas maos nao tremiam tanto

Eu tinha noção de que aquilo podia ter corrido muito mal tivesse a velocidade sido outra. Eu provavelmente teria sido projeto por metros e o cenário mais positivo seria o de vários ossos partidos e um valente traumatismo craniano. Mas não o foro e já me aconteceram coisas piores. Só queria ir para casa, lavar-me e ficar imóvel. - Tenho, Hope. É o último sítio onde quero estar - Até porque levantava demasiada atenção para a minha pessoa e queria evitar isso a todo o custo. Eu sabia que não tinha nada partido, apenas contusões leves. Descanso era o remédio. - Vamos lá, por favor - Devagarinho, entrei para o lugar do pendura. Era raro vê-la conduzir. Normalmente esse era o meu papel. 

Assenti, olhando para ele quando entrou no carro - é estranho olhar para ti assim.. normalmente o teu lugar e aqui - inclinei.me para ele e beijei.o - ainda bem que nao foi pior - olhei para as minhas maos que ainda tremiam e agarrei firmemente no volante, eu ia.nos levar ate casa em segurança - eu nem trouxe documentos, nem nada. nao me lembro sequer de sair de casa

Para mim era igualmente estranho. Só queria chegar a casa o mais depressa possível. Apesar do lábio cortado, aquele beijo soube divinamente. - Não penses no pior que podia ter acontecido. Estou inteiro - E que sorte. Num ritmo lento e pausado, estiquei o braço até pousar na sua perna. Queria transmitir-lhe alguma sensação de segurança, de "está tudo bem", de tranquilidade. A viagem até casa demorou mais tempo do que se fosse eu a conduzir mas chegámos inteiros e isso é que importava. Com esforço, lá saí do carro. Não quis pedir ajuda.

- Não estás muito inteiro.. temos de tratar da tua cara e da tua perna quando chegarmos a casa - sentir o seu toque na minha perna acalmava.me, ele estava bem. fora so um susto. dirigi devagar, talvez muito devagar mas queria ir em segurança e nao queria ter nenhum acidente. quando chegamos, ele saiu do carro sem ajuda apesar de saber que lhe custava - vai.te deitar, eu vou buscar o kit de primeiros socorros para te curar

Pensei que ele tivesse ido para o quarto mas ficou.se pelo sofá - Achas mesmo que quero saber ? Isso sai, por isso nao te preocupes - entreguei.lhe o copo de agua que tinha trazido e o comprimido para as dores - toma isto para as dores do corpo - pedi.lhe e comecei por passar soro para limpar as feridas e depois o desinfetante - se arder, desculpa - avisei, beijando a sua bochecha e comecei a curar as suas feridas - ficava mais descansada se visses um medico, deixa chamar um ca a casa