Quarto

Olhei para ela como quem sabia precisamente que tipo de pensamentos lhe iam na mente. Do tipo lascivo. Ri-me de modos sarcásticos até entrar no quarto e mudar de roupa rapidamente. Por entre esses minutos mandei uma mensagem a Jennifer para que se encontrasse comigo em dez minutos. 

- Bom, não me devo demorar muito nas compras. Qualquer coisa que precises tens o meu número. Tenta não queimar a minha casa nem nada assim - ironizei divertido. 

- Eu vou tentar não destruir a tua casa mas não prometo nada, por isso, é melhor despachares.te - empurrei.o quando passou por mim e assim que saiu de casa, eu fui por a mesa demorando mais tempo que o normal uma vez que não sabia o lugar dos utensilios na sua casa.

Saí de casa e dirigi-me ao supermercado mais próximo, apenas a duas ruas da minha casa. Quando cheguei a essa esquina já lá estava Jennifer. Já não a via desde o dia em que deixara Hope plantada com o trabalho. Dei-lhe um beijo mas ela estava esquiva. Entrou comigo no supermercado enquanto fazia as compras - Novamente a cozinhar para ela? Ainda não percebeste que isto não te está a levar a lado nenhum? - Contive-me para não revirar os olhos - Jen, estou a fazer o meu trabalho ok? Isto vai resultar. Já tenho a Hope na minha mão e em breve terei acesso a intel sobre os trabalhos do Irwin - respondi já aborrecido. Às vezes só parecíamos realmente colegas de trabalho, e não um casal. - Não, Julian. Se fosse eu e a missão fosse seduzir um homem, fá-lo-ia no primeiro dia - Claro que ela estava bastante segura de si mesma. E tinha razão pois era dificil para um homem resistir ao seu charme. - Queres que faça o quê? É que só me faltava levá-la para a cama - Atirei para o ar zangado, mas sem considerar aquilo verdadeiramente uma opção porque, como era óbvio, a minha lealdade era para com Jennifer. Mas ela parou a meio do corredor das bolachas e encarou-me seriamente - Se é pela missão, fá-lo. Eu faria. Julian, tens de conseguir intel. Dê por onde der. Os chefes querem resultados e em breve. - Aproximou-se e plantou um beijo nos meus lábios. Encarou-me sensualmente - Duvido que ela te satisfaça. Não será, nem nunca terás, alguém como eu, J. Não te esqueças disso quando aquela miúda mimada gritar o teu nome na cama. Nem te atrevas a ter prazer com ela...embora duvido que ela conseguisse dar algum. - E deixou uma gargalhada depreciativa. - Vai lá fazer o almoço à menina. Depois, dê por onde der, conquista-a, love. Eu tenho de ir. Pensa em mim, okay? - E assim se despedi sem sequer obter uma resposta minha às loucuras que dissera. Mas as suas palavras ficaram na minha mente.
E continuaram assim que segui de volta para o meu apartamento com as compras.

Era certo que tinha tido pouco tempo para pensar no caminho até casa dado que eram uns escassos minutos. Se calhar tivesse sido esse o problema pois eu chegara a casa e vira Hope ali tão pronta à minha espera que não raciocinei bem. Levei os sacos até à cozinha, e depois virei-me para ela - Já devias saber por esta altura que não tenho medo de nada.

Arregalei os olhos face a sua resposta direta - Eu sei que não tens medo de nada, não estava a por isso em questão, aliás eu estava a brincar contigo - respondi.lhe, começando a tirar as coisas do saco - mas se quiseres provar essa teoria deixa.me fazer o almoco sozinha e tu depois comes, não interessa que esteja queimado ou não. - respirei fundo, virando.me para ele - passou.se alguma coisa ? foi alguma coisa com a tua familia ? é que pareces todo chateado - questionei.o, cruzando os braços ao peito

Hope falava sem parar ao mesmo tempo que tirava as cosias dos sacos e eu... eu não sei. Estava a tentar pensar em muitas coisas sem conseguir pensar em nada e quando isto acontecia eram os meus instintos que tomavam conta. Encurralei Hope entre mim e a bancada da cozinha - Não estou chateado - Esclareci. Diminui a distância entre os nossos corpos para quase nenhuma.

- Então qual é a razão para toda essa seriedade ? - perguntei, encostando.me ao balcão quando ele me encurralou. engoli em seco, vendo.o aproximar.se - o que é que se passou que te deixou assim ? não estavas assim antes de sair de casa, até estavas relaxado - conseguia ver a sua veia do pescoço a pulsar de tão tenso que ele estava.

Internamente estava em conflito. Eu jurara ser leal para Jennifer e até agora mantivera esse laço inabalável. De certa forma fora ele que me bloqueara para sequer pensar em fazer algo com Hope mais...mais. Mas agora não estava em nenhuma das posições. 

- Apercebi-me de que... - Não tinha nada para lhe explicar - Chega de falar. - O instinto tomou conta e eu desci os meus lábios até aos seus. Não de uma forma suave e gentil, mas de forma possessiva e esfomeada. 

Estava a libertar um desejo que não sabia ter. Sabia-o porque, raios, a descarga de adrenalina era demasiado boa e beijar Hope fazia-me não pensar. peguei-a ao colo pelas suas pernas e fi-la sentar-se no balcão e entrelaçar as suas pernas em redor do meu quadril. Não parei de a beijar, mesmo quando o fôlego era pouco. 

As suas maos exploravam o meu corpo, fazendo.me questionar de onde vinha aquela anisa toda. Gemi contra os seus lábios, ofegando não só por ele mas por ar. Queria mais dele, queria tudo e não queria que ele parasse nunca. Este tipo de desejo que sentia por ele, nunca tinha sentido por ninguem. Era como se ele ateasse um fogo bem no centro do meu peito e o meu corpo explodisse como se fosse o fogo de artificio do ano novo

Os seus lábios pareciam emoldurar-se perfeitamente nos meus. O facto de ela também ter iniciativa para tocar agradou-me mas queria ser eu a reverter esse favor. Uma das minhas maos amparou o seu rosto na parte do maxilar, de forma algo possessiva, e a outra mão passou para dentro da sua camisola, finalmente havendo contacto pele com pele.

Arrepiei.me, mordendo o seu labio. O seu toque era agressivo mas gentil, questionando.me como é que um homem como ele me fazia sentir assim - Kenneth - gemi enquanto agarrava nas suas calças, puxando.o para mim. sem saber se devia tirar ou não a sua camisola, comecei a explorar os seus abdominais, sentindo a sua pele quente contra a minha palma fria

Podia ter facilmente tirado a minha camisola mas deixa-a onde estava. Estava mais interessado em tirar a dela e foi precisamente isso que fiz. Beijei o seu pescoço, depois o contorno do seu seio que estava exposto além daquilo que o soutien dela deixava ver. 

O meu peito subia e descia incansavelmente devido a minha respiraçao ofegante, era ele que me segurava no sitio enquanto a sua boca descia pelo meu pescoço até ao meu peito. A sua barba picava a minha pele e ele aproveitava.se disso para me provocar ainda mais

Pelo que me apercebia tinha carta branca para fazer o que bem entendesse. Esse era um poder perigoso mas naquele dia não ia quebrar nenhuns limites. Num gesto facil abri o seu soutien e observei enquanto este caia para o chao e revelava uma visao bastante agradavel. Beijei-a novamente. 

As minhas faces coraram quando ele abriu o meu soutien como se não fosse nada, um movimento tão subtil que apenas tinha sentido os seus dedos a rasparem na minha pele, como um arrepio. Mordi o lábio quando o vi a olhar, não conseguindo perceber a sua expressão. Tirei a sua camisola, não querendo saber se estava a arriscar demasiado mas queria sentir a minha pele contra a sua, gemi contra a sua boca, deixando.me levar pelo seu beijo.

O mundo parecia ter comecado a girar a velocidade da luz porque tinha perdido a nocao de tudo a minha volta, so conseguia sentir as nossas peles juntas, os seus labios ja inchados contra os meus. Senti a sua mao no meu seio e a sua mao parecia ter encaixado perfeitamente, como se tivesse sido moldada para isso. Prendi o seu labio entre os meus dentes, sorrindo quando ouvi um som gutural a vie do seu peito. Queria.o ali e agora e apostava que ele nao me ia parar, se eu nao dissesse nada

Sustive a respiração por um segundo quando senti as pontas dos seus dedos no meu baixo ventre, a sua mão a mexer na bainha das minha cuecas, fazia com que pequenos espasmos percorressem o meu corpo, fazendo então com que tremesse contra o seu peito. Prendi as maos nas suas calças, enquanto esperava que ele continuasse ou parasse. Se ele continuasse, eu iria tirar.lhe as calças e seria game over