Quarto de Hope

O primeiro beijo que lhe dei foi apenas um toque de labios que mel se podia chamar um beijo, no entanto, não tinha sido assolada por uma sensação de terror no meu corpo. Peguei nas suas maos e rodeei.as a volta da minha cintura, voltando a por as minhas maos na sua cara - se calhar tenho mais coragem do que pensava - admiti enquanto o beijava, desta vez mais profundamente

Conseguia sentir que ele estava tenso e ao mesmo tempo que tentava ficar quieto porque eu lhe tinha pedido, o seu corpo queria mexer.se, queria mais. Quando finalmente nos separamos, abracei o seu pescoço, escondendo a cara entre o seu ombro e o seu queixo. As minhas maos tremiam e algumas imagens de Christian a tentar beijar.me, apareciam por detras das minhas palpebras mas ele nao era o Christian. - Esta tudo bem. Esta tudo bem - murmurei enquanto tentava acalmar os tremores, passando os dedos nos seus cabelos

Respirei fundo, acalmando.me - Eu sei que tu nao me fazes mal, pelo menos conscientemente - expliquei - inconscientemente, o meu corpo reage de outra forma mas eu nao quero. Eu nao tenho medo de ti - os tremores pararam, deixando.me mais calma - está tudo bem, ja passou

- Eu sei que não o farias. Eu confio em ti mais do que ninguém - sorri levemente quando senti o seu beijo na testa - já estou bem - olhei para ele só para o garantir - Não vou começar a gritar e a fugir de ti

Ri.me pela primeira vez desde que Christian me tinha atacado - Gostaste da experiencia, foi ? - perguntei com um sorriso - Podemos experimentar sim, sem problemas

- Não fiz nada demais, apenas te beijei. Não era a primeira vez que o fazia - além de ainda estar no seu colo. Nos ultimos dias, o sitio onde me sentia mais confortavel e mais segura, era de facto nos seus braços - Calculo que tenhas, eu tambem tenho mas o medo tem saido por cima

Sorri - Eu vou tentar, apesar de ser dificil, eu vou tentar - prometi a ele e a mim mesma. Não podia deixar Christian arruinar a minha vida ainda mais. Beijei.o novamente, saindo de cima do seu colo - É melhor não te provocar mais

Cheguei.me para ele, passando as pernas por cima fo seu colo, aconchegando.me a sua lateral - um meio termo - sorri, fechando os olhos. Comecava a sentir.me cansada e apesar de nao ter fome, sabia que tinha de comer - vamos jantar ?

Estava agora mais sereno ao ver a mudança nela. Até apetite ela ganhara. - Ainda temos de cozinhar mas vamos lá. Trouxe imensas coisas do supermercado - Fiz saber. Será que ela sairia do quarto e viria comigo para a cozinha?

Noutra altur, saber que ele tinha enchido o frigorífico e me ia fazer uma refeição era a melhor coisa de sempre, nestes dias nem por isso - eu podia ter.te dado o dinheiro, nao e tua obrigação encher o meu frigorífico - resmunguei com ele - mas vamos la ver o que compraste - eu consigo sair do quarto, eu consigo sair do quarto, continuei a dizer para mim mesma. Nao tinha de ter medo da minha própria casa

- Eu consigo.. Eu consigo.. - continuei a murmurar enquanto dava pequenos passos - trancaste a porta da rua quando voltaste ? - perguntei - e ligaste os alarmes, certo ? - precisava de ter a certeza que ninguem conseguiria entrar ali - Está tudo em segurança e como devia ser, não está Kenneth ? - a minha voz começou a subir uma oitava, sentindo o panico

Engoli em seco, olhando para trás do ombro, para o quarto. As minhas mãos deixaram de tremer, passando ao corpo todo - se calhar deviamos mudar o codigo. É demasiado obvio e ele pode conseguir entrar sem termos reparado - agarrei o corrimão das escadas com força, sentindo.me hiperventilar

- Tens estado aqui comigo, nao sabes se ele ainda esta ou nao no hospital - fechei os olhos, tentando respirar fundo para me acalmar - eu nao consigo Kenneth. Ha muita coisa que pode acontecer