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Mensagem por Hopium Ter 29 Dez 2015 - 0:02

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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por America Singer Qua 18 Mar 2020 - 21:38

Agarrei a sua camisola, puxando.o para mim - Acho que devias dar mais uns só para ter a certeza - mordi o seu labio, rodeando os seus ombros - acho que preciso de extras, estou muito debilitada
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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por Heath Prescott Qua 18 Mar 2020 - 22:06

Ri-me com a sua insistência - Trancaste a porta? - Inquiri mas nem esperei pela resposta, roubando-lhe imediatamente a seguir outro beijo desta vez acompanhado por carícias.
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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por America Singer Qua 18 Mar 2020 - 22:12

- Não, mas tambem nao temos muito tempo para estar aqui. Tenho de voltar ao trabalho nao tarda muito - murmurei entre beijos - só queria matar saudades dos teus labios
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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por Heath Prescott Qua 18 Mar 2020 - 22:14

- Era só para confirmar. E conter-me - Avisei divertido e afastei-me um pouco percebendo que estava quase em cima dela - também tinha saudades tuas.
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Mensagem por America Singer Qua 18 Mar 2020 - 22:23

- Anda, eu vou acompanhar.te ate ao Marty - afastei.me dele e peguei na sandes para começar a comer - ja lhe pediste desculpa por teres faltado ao treino de ontem ? - perguntei, dando uma dentada na sandes, dando.lhe a mao de seguida
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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por Heath Prescott Qua 18 Mar 2020 - 22:44

- Isso é bem capaz de ser uma excelente ideia. Não sei se ele acreditou que a minha desculpa para ter faltado ao jogo sem avisar foi porque tinha feito as pazes contigo - Encolhi os ombros - Seja como for já sei que ele me vai dar uma coça na sessão de fisioterapia de hoje.
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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por America Singer Qua 18 Mar 2020 - 22:47

- Eu peço.lhe para ter cuidado contigo, preciso que chegues inteiro a casa. Temos um banho relaxante a espera quando eu chegar - sorri.lhe, parando em frente a porta de Marty - estas pronto ? - perguntei.lhe
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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por Heath Prescott Qua 18 Mar 2020 - 22:53

- Se há alguém a quem ele dá um desconto és tu - Ri-me ao pensar nisso. Marty era um durao mas junto de mulheres com quem tinha muito respeito era quase um coração mole. - Bom saber que esse plano não está esquecido. Estou ansioso por isso - Fiz saber. Respirei fundo - Vamos lá - Abri a porta do ginásio de fisioterapia. Estava sem ninguém àquela hora de almoço. Apenas Marty e os seus internos. Oh não.  Vou mesmo levar uma coça.  
Marty vinha a dirigir-se na nossa direção e eu achei que vinha logo dar-me um sermão mas afinal abraçou-me a mim e a Mer ao mesmo tempo - Que bom ver-vos assim novamente! 
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Mensagem por America Singer Qua 18 Mar 2020 - 22:59

- Ate parece que sou a favorita - ri.me quando Marty se dirigiu a nos, abraçando.nos. tentei afastar.me para salvar o meu almoço de ser esmagado - almoço em perigo. almoço em perigo - disse em tom de brincadeira - até parece que era o fim do mundo se eu e o Heath nos separassemos - abanei a cabeça, encostando.me a ele - hoje trata.o bem Marty, preciso que ele chegue inteiro a casa e nos ja estamos doridos o suficiente - sorri, beijando a bochecha de Marty e dando um beijo a Heath - portem.se bem
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Mensagem por Heath Prescott Qua 18 Mar 2020 - 23:05

Estava de coração leve mas ainda assim senti uma pontada ao pensar na possibilidade que ela enumerara. Seria o fim do meu mundo, pelo menos. Mas isso não ia acontecer. - Aqui o meu rapaz já se lamuriava há muito tempo. Por isso sim é muito bom ver-vos assim novamente -  Comentou ele - O Heath não merece esse tratamento, mas okay, prometo que o deixo em condições mínimas - Terminou ele muito sugestivamente. Nada confrangedor e nada. Despediu-se de Mer e começou logo a preparar exercícios. Tive de me despedir à pressa de Mer - Deseja-me sorte. Vejo-te mais logo. Resto de um bom turno - Roubei um último beijo e fui treinar.
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Mensagem por America Singer Qua 18 Mar 2020 - 23:11

- Ele gosta muito de se queixar mas vá lá Marty, preciso do meu homem em casa inteiro - ri.me, beijando.o novamente - não precisas de sorte, com esse corpinho tu consegues aguentar tudo - pisquei.lhe o olho - amo.te - despedi.me e voltei para o meu turno, comendo a sandes a pressa para nao me atrasar
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Mensagem por America Singer Ter 25 Jan 2022 - 18:27


E eu não quero que vás para Londres sem mim. O meu lugar é contigo, estás enganada. Não é aqui - embora enquanto o dissesse, dava conta de que não estava cem por cento seguro. O meu lugar era com ela, sim, mas preferencialmente em Boston. - Não acredito que me estás a deixar - Deixei cair uma lágrima. Não acreditava no que estava a acontecer. - Não importa que nos amemos? Já não te chega? 
 Acordei com lagrimas a correrem.me, como tinha acontecido nos últimos dias, desde que tinha descoberto que estava grávida. Como é que podia ter deixado isto acontecer? Estava tão confusa com o que devia fazer. Devia abortar? Continuar a gravidez e dar o bebé para a adoção? Ficar com ele? Queria que alguém me dissesse o que fazer, qual a escolha certa a fazer. Desde que voltara para Londres há meses que evitava o telemóvel por causa das suas mensagens, mantendo apenas o pager comigo para o caso de me chamarem por alguma emergência e trabalhava sem parar, fazendo todas as horas extra possíveis. Tinha passado de um turno de 80 horas para 100 ou 120, já não sabia, pois, eram raras as vezes que ia a casa.  
Lavei a cara no pequeno lavatório que havia no quarto de plantão voltei para as urgências para passar o tempo e ajudar no que podia. Noite de tempestade era sempre noite cheia nas emergências – America és capaz de ir buscar um bebé ao Saint Dismas Medical Center? Estamos curtos em staff e tu tens passado os dias nas urgências e já sabes como as coisas funcionam. Vou tentar mandar um dos residentes contigo caso haja alguma complicação, mas em principio é só uma transferência porque Saint Dismas não tem uma unidade de cuidados neonatais.
- Claro, estou prontíssima para ir – peguei no casaco e dirigi.me até ao parque das ambulâncias para esperar pelo residente que tivesse de serviço quando começaram a chegar ambulâncias. Uma, duas, três, todas com trauma, vitimas de um acidente de autocarro. – Mas e... – apontei para a ambulância que me esperava e o Dr. Hunt mandou.me esperar que ele já mandava alguém para mim. Entrei para a ambulância e esperei pela pessoa que viria comigo para me assistir. Eles teriam de mandar alguém que tivesse mais capacidades que eu. Já estava cá há um ano, mas não passava de uma enfermeira, não era médica ou cirurgiã e não queria ser culpada pela morte de um recém-nascido. – Mason? Não, não podes ser tu a vir comigo. Tem de ser alguém mais experiente! E se houver complicações? – quando o vi a entrar na ambulância e eu não podia acreditar que o tinham mandado a ele, em vez de algum médico experiente.
Mer relaxa, se andasses a prestar atenção terias reparado que eu me tenho andado a focar em pediatria e em cuidados neonatais. – respirei fundo e coloquei o cinto, não podendo fazer nada sobre isso. – Podemos ir! – ele disse, mas eu não estava confiante nele, por muito que ele estivesse a pensar numa especialização em pediatria ou não. Tentei acalmar os nervos e não pensar que estávamos a caminho de uma clinica, sem qualquer supervisão, para trazer um bebé recém-nascido que podia ter ou não problemas graves que nós não sabíamos resolver – Mer tens andado estranha desde que deixaste o outro lá nos states.
- Eu não quero falar sobre isso – respondi-lhe friamente, olhando para os armários que nos rodeavam e a incubadora a minha frente. Revi todos os medicamentos e instrumentos que la estavam memorizando-os um a um. Não podia deixar que ele me visse a chorar por causa do passado. Quatro meses, eu já tinha aguentado quatro meses sem ele e ia continuar assim. A tempestade fez com que demorássemos tanto tempo a chegar à clinica que, quando finalmente o fizemos, o bebé estava com problemas respiratórios e a precisar de ser entubado. A clinica era pequena, situada no topo de uma colina onde apenas assistia a cuidados básicos. Não havia sala de operações, apenas salas de triagem para pequenos cuidados. – Preciso de um tubo 0.26 – olhei para o médico e ele ficou parado, a dizer que não tinha nada para recém-nascidos e que ele nem era suposto ter nascido ali só que tinha sido um parto de emergência e não tinham conseguido transportar a mãe para o hospital mais próximo – Mason? – ele procurou na mala, mas não havia nada apropriado. Apesar de equipados com os básicos para cuidados neonatais, nenhum de nós estava à espera que o bebé fosse tão pequeno e a via aérea estivesse bloqueada – Liga para a Dra. Robbins – gritei, começando a tentar ventilar o bebé com uma máscara demasiado grande para ele, metade do oxigénio era desperdiçado. – Mason preciso que me digas o que ela te está a dizer. – ele acabou por pôr a chamada em voz alta e começar a tirar várias coisas da mala, coisas que eu não entendi para que é que ele queria aquilo
America daqui fala a Dra. Robbins, vais precisar do tubo mais pequeno que consigas achar e depois tens de puxar a cabeça para cima
Eu não consigo ver nada, a via aérea está obstruída e o tubo mais pequeno não cabe. Nós precisamos do 0.26 e só temos o 0.30.
Então vais ter de fazer uma traqueo. Vais por betadine no pescoço, muito mesmo e depois preciso que faças uma incisão na vertical, tenta sentir a traqueia, mas tem cuidado, não podes cortar muito fundo senão apanhas o esófago e o bebé não recebe o oxigénio na mesma.
Eu? Mas eu nunca fiz uma traqueo. Eu não posso fazê-lo, Mason tens de ser tu – tentei dar-lhe o bisturi,mas ele estava bloqueado, estava em choque – Mason, o bisturi. Faz a traqueo.
Mer não posso. Eu nunca vi uma, não sei como fazê-la respirei fundo e apalpei o pescoço como ela me tinha dito e depois fiz o corte, inserindo o tubo lentamente
Está a sair ar, acho que já está – inseri o ventilador e comecei a bombear, passando então o ventilador a Mason para poder auscultar os seus pulmões – Sim, o ar está a passar para ambos os pulmões.
Muito bem America, agora vais ter de fazer uma linha umbilical e começar com 0.2ml de antibiótico por quilo. Nós vamos ter uma sala de operações pronta para vocês quando chegarem. Não te esqueças de por bastantes cobertores e protege o bebé para não ter hipotermia uma vez que a tempestade está a piorar. – fiz o que a médica disse e quando estava tudo pronto, seguimos para a ambulância.
Dra. Robbins que complicações podem haver no caminho? – perguntei enquanto via se tudo na incubadora estava ligado – Se o abdómen do bebé estiver distendido depois de intubação, isso quer dizer que eu fiz mal a intubação ou é porque há algum problema? – perguntei enquanto sentia o abdómen tenso. A ambulância arrancou e eu sentei-me em frente à incubadora.
Vou precisar de tenhas atenção ao ventilador e se o ritmo cardíaco descer abaixo dos 86, preciso que me digas porque significa que não está a chegar oxigénio suficiente ao coração e está a entrar em paragem cardíaca. – desliguei a chamada e olhei para Mason que ainda parecia em choque e suspirei, pegando na sua mão e sorrindo.
A culpa não é tua, é normal bloquearmos. Não fazemos estas coisas sozinhas por causa disso, porque imagina que era eu a bloquear, ao menos estavas cá tu para tomar as rédeas. – isso pareceu melhorar o seu humor porque o sorriso que eu tanto conhecia, apareceu no seu rosto. A ambulância ia o mais rápido que podia no meio da tempestade, sempre com as luzes e sirenes ligadas, era imperativo que chegássemos rapidamente ao hospital porque eu não sabia se o que eu tinha feito iriamelhorar ou piorar a sua condição. Estávamos a subir uma montanha ou apenas a passar por uma zona mais deserta quando a ambulância começou a falhar, abrandando a sua velocidade – O que é que se está a passar? – perguntei quando paramos completamente no meio da estrada.
Um problema no motor. Vou precisar que saiam da ambulância e esperem que eu volte cá fora.
O quê? Você está à espera que nós fiquemos à sua espera com um recém-nascido à chuva? Um recém-nascido doente que precisa de ser operado?
Nós não podemos deixar este bebé aqui e se o levarmos para fora da incubadora, ele pode morrer.
Vocês não estão a entender, a ambulância é uma bomba à espera de explodir. Estamos numa zona com pouca visibilidade, numa curva e no meio de uma tempestade e se um carro vier e vos bater, a ambulância pode explodir por causa dos tanques de oxigénio. Eu vou voltar para pedir ajuda. – olhei para Mason que ainda estava a processar a informação que nos foi dada, mas nenhum de nós se mexeu. Eu não ia sair dalisem o bebé e o bebé não ficava em segurança fora daquela incubadora, por isso eu não ia sair dali
Mason podes ir. Eu fico aqui com o bebé. Não há necessidade de morrermos os dois se alguma coisa acontecer – assim que comecei a falar, foi como se tivesse pressionado um botão e ele voltasse à realidade.
O quê Mer? Estás louca? Se queres ir, podes ir, mas eu não vou sair daqui. Não há motivos para tu ficares aqui, podes sair. – revirei os olhos e ignorei-o, levantando.me para ver o estado do bebé. De momento estava estável, mas quanto mais tempo demorássemos a chegar ao hospital, isso poderia mudar. – Vou ligar à Dra. Robbins, precisamos de a informar que estamos aqui presos por não sei quanto tempo.
Boa ideia, diz-lhe que por enquanto o bebé está estável, mas que ela devia tentar mandar um helicóptero porque não sabemos quanto tempo vamos estar aqui presos. – ouvi-o a ligar e a por a chamada em voz alta enquanto explicava o que se tinha passado. A chamada estava cheia de estática e mal se conseguia perceber o que a Dra. Robbins dizia e ela mal nos percebia também – A rede aqui deve estar péssima com a tempestade – tentei ajustar o telemóvel, levantando-o para o teto da ambulância quando, de repente, o teto deixou de ser o teto e a ambulância começou a virar. Alguém nos tinha batido e com força porque a ambulância tinha capotado. Senti o meu corpo a voar pela ambulância, batendo em vários sítios. - M… - tentei chamar por Mason mas andávamos às voltas e sempre que o meu tronco batia nalgum ponto pontiagudo eu perdia o ar. Quando finalmente parámos, a ambulância estava de lado e a incubadora virada – Mason? – chamei, tentando perceber onde ele estava – Estás bem? – perguntei enquanto me levantava e tirava o bebé da incubadora e o segurava dos meus braços.
Mer? Mer estás a sangrar – senti a sua mão a desviar o cabelo da minha testa, colando onde o sangue escorria – O que estás a fazer? Tens de deixar o bebé na incubadora.
Ele acabou de andar às voltas numa caixa de plástico, ele precisa de ser aconchegado neste momento. – afastei a sua mão da minha testa – Eu estou bem. Podes abrir a porta? – pedi, sentindo-me demasiado dorida para tentar deitar a porta abaixo – Dá-me o ventilador manual. Temos de sair daqui antes que isto pegue fogo. Ele tem tanto fio que eu não sei qual posso tirar e qual não posso.
Eu ajudo-te, ele vai ter de conseguir passar sem os antibióticos porque não podemos levar tudo para fora. Eu pego no tanque de oxigénio e tu no bebé e no ventilador – juntos conseguimos sair da ambulância, acabando por dar de caras com uma carrinha e várias pessoas espalhadas pela estrada. O carro que tinha vindo contra nós, era um carro com uma família.
Mãe? Pai? – uma rapariga estava a sair do carro pela janela da frente que tinha ficado estilhaçada no impacto – Mãe? Pai? Acordem! Por favor ajudem-nos – aproximei-me dela e percebi que estava minimamente ferida, apenas um corte superficial na cara.
Como é que te chamas? – perguntei enquanto verificava se ela estava bem e não apenas em choque.
- Emily. Os meus pais vão morrer?
- Emily, o meu nome é America. Eu preciso que pegues neste bebé e apertes este ventilador para eu poder ajudar os teus pais – tentei passar-lhe o bebé para os braços mas ela afastou-se.
- Eu não consigo fazer isso. – as suas lágrimas corriam pelo rosto enquanto soluçava.
Eu entendo que tenhas medo mas agora tens de ser forte. Conta 1, 2, aperta. Vá, tenta comigo – passei-lhe o ventilador para a mão e esperei que ela fizesse o mesmo que eu – 1, 2, aperta. É isso mesmo. Preciso de ouvir-te para saber que estás a fazer o que te pedi.
- 1, 2, aperta. 1, 2, aperta…
- É isso mesmo Emily. – puxei uma senhora de idade cujo cérebro estava espalhado pela estrada. Tentei controlar o reflexo do vómito enquanto Emily chorava e dizia que aquela era a sua avó – Emily não te estou a ouvir. Eu preciso que continues a contar – tapei a senhora para que Emily não a visse e fui ter com Mason que estava junto de uma menina mais nova, Izzy, segundo Emily – Mason, não puxes esse vidro – avisei-o – Se calhar o melhor é envolveres a cabeça com gaze para que não se mova o vidro – ele ficou a tomar conta da menina que continuava inconsciente e dirigi-me até um homem que acordara, possivelmente o pai – Senhor eu preciso que fique quieto – segurei-o quando se tentou levantar – Eu sou America, estava na ambulância. Eu preciso que fique deitado e quieto, teve um grande acidente.
Onde estão os meus filhos e a minha mulher? Margareth? Emily? Michael? – pus-lhe a máscara quando começou a tossir sangue. 
Senhor, eu preciso que fique com a máscara posta. O meu colega está a tratar da sua mulher. As suas filhas estão bem mas agora precisamos de tratar de si – avisei-o – Quem é o Michael?
Michael é o meu irmão. Ele ia atrás, no meio. Desculpa pai, eu prometo que vou deixar de ser tão picuinhas.
Emily, concentra-te. 1,2, aperta. Eu vou procurar o teu irmão – levantei-me e senti uma pontada no estômago, fazendo com que me arqueasse
Mer? Estás bem? – Mason veio logo ter comigo mas compus-me rapidamente.
- Sim, provavelmente foi de andarmos às voltas na ambulância. Eu estou bem. Preciso que ponhas um dreno o peito do pai da Emily, ele está a tossir sangue. Vai buscar desinfetante e um tubo mínimo e tenta não o matar. Aquela rapariga está a ventilar o nosso bebé e eu preciso de encontrar o seu irmão. – falei baixo para que não nos ouvissem, ao mesmo tempo que o olhava para saber que ele tinha entendido – Se eu precisar de ajuda, chamo-te mas por favor obriga a Emily a ventilar o bebé. Não podemos deixar aquele bebé morrer – Ele assentiu e foi tratar do pai de Emily enquanto eu ia procurar Michael – Michael? Michael? – fui chamando enquanto procurava por um rapaz – Michael – arregalei os olhos e fui até ele, a sua pélvis estava a ser esmagada por parte do carro, incapacitando-o de se mexer – Eu sou a America – repeti – Preciso de verificar o teu pulso – disse enquanto o examinava – Está um bocadinho fraco mas vamos tirar-te daqui.
Socorro! Ajudem-me!
Michael eu preciso de soltar as tuas pernas para te tirar da estrada – expliquei enquanto levantava a porta, vendo que era ainda pior do que eu pensava porque elas estavam presas debaixo do carro – Mason, eu preciso de ajuda. Eu não consigo puxá-lo daqui – senti outra dor, deixando-me cair de joelhos. 
America vem aí um carro – ouvi Mason gritar – Tens de sair dai. – levantei-me e continuei a tentar tirar Michael debaixo do carro.
Ele está preso debaixo do carro e eu tenho de soltar as pernas dele!
Não tens tempo! Emily continua a contar. America sai da estrada! – ouvia os gritos de Mason ecoarem pelo ar enquanto tentava puxar Michael debaixo do carro.
Vá lá. Vá lá! – continuei a fazer força para o tirar dali mas não estava a resultar.
America! O que raio estás a fazer? Eles não te vão ver!– os gritos de Mason, o choro de Emily e os pedidos de Michael para não o deixar misturaram-se todos, começando a perder noção de quem dizia o que – O que estás a fazer? – comecei a abanar os braços no ar na expectativa que me vissem e parassem o carro. – America!– o carro finalmente parou e foi como se o mundo parasse. O carro que parara não era um simples carro, era a ambulância que vinha para nos ajudar.
Ainda bem que chegaram – cai de joelhos, não tendo forças para me levantar.
America – assim que os paramédicos estavam a ajudar a família, Mason veio ter comigo, tentando perceber o que se estava a passar – Estás a sangrar. – ele tentou apalpar-me o estômago, mas eu afastei a sua mão. – Podes ter uma hemorragia. Eu preciso de te fazer uma eco para saber mais.
Não é uma hemorragia ou um órgão com algum problema Mason, é a bebé. – senti uma pontada forte no estômago. Tinha tido nas últimas horas e, pensando que eram Braxton Hicks, não liguei – É muito cedo para nascer. Mason, eu não a posso perder. – olhei para ele desesperadamente, sentindo outra contração. – Temos de ir rápido para o hospital, a bebé precisa de uma incubadora se nascer agora – comecei a respirar como tinha sido ensinada, mas o pânico estava a tomar conta da minha mente.
-  Eu estou aqui, não vai acontecer nada de mal contigo ou com a bebé – Mason prometeu mas, pelo seu olhar de pânico, eu sabia que a situação não era melhor –Precisamos de ocitocina – olhou para a ambulância – É a tua melhor hipótese, para ambas sobreviverem. Provocamos o parto e rezamos chegar a tempo ao hospital para que ela nasça lá.
Mason, tu não estás a entender. A bebé já está a nascer – grunhi, apertando as mãos com força, olhando para os paramédicos a colocar a família nas ambulâncias. – Não me deixes. – pedi
Nunca.
Quando chegámos ao hospital, eu já tinha começado a ter contrações constantes ao que pareciam horas e, pelo que Mason dizia, a cabeça ainda não tinha espaço para sair. À minha volta várias vozes gritavam, mas eu não conseguia ouvir nada, apenas um zumbido nos ouvidos e um aperto no coração que me dizia que algo ia acontecer. – Mason! – chamei e, imediatamente a sua mão agarrou a minha enquanto era levada para uma sala de partos.
America, tens de começar a puxar na próxima contração – assenti, preparando-me para os próximos 30 segundos – Agora America! – comecei a fazer força, gritando. Estava exausta. O meu corpo doía. A minha adrenalina a deixar o meu corpo suado e isto ainda agora estava a começar – Na próxima, quero que faças a mesma coisa. – abanei a cabeça negativamente, apesar de saber que o ia fazer. Por mim. Pela minha filha. Por Heath que um dia iria conhecer a nossa filha. – Novamente. – fiz força.
Está quase Mer! – Mason incentivava-me, mantendo-se sempre ao meu lado – Já lhe vejo a cabeça de fora. É só mais uma vez – as palavras de Mason incentivaram-me até que finalmente, senti a última expulsão, mas não ouvi nenhum choro.
A minha bebé? – perguntei, tentando ver para onde a levavam – Oh meu deus, Mason. – Tão pequenina e azul,mas não se mexia. Senti os meus olhos encherem-se de lágrimas – Ela... Mason… - senti um soluço a formar-se no meu peito. Ela não podia estar morta, não. Eu tinha feito tudo certo, tudo até ao último detalhe – Eu preciso que alguém me diga como ela está! – pedi enquanto as lágrimas corriam. – Deixem-me! – gritei. Havia médicos ainda a tentar tirar a placenta – Salvem a minha filha, por favor!
Mer, os médicos estão a fazer tudo o que conseguem, mas também tens de ficar bem para poderes tomar conta dela. Deixa os médicos trabalharem, vai ficar tudo bem. – Esperei o que pareceram horas, mas provavelmente não foi mais de meia hora, a médica entrou no quarto com um berço mas não haviam máquinas, não havia incubadora. Eu conhecia aquele berço e eu não queria acreditar no que estava a ver. Abanei a cabeça, sentindo as lágrimas a caírem
Não o diga. – pedi, tapando os ouvidos. – Não o faça. Isto é um pesadelo. Eu vou acordar e vou estar em casa. – senti os braços de Mason à minha volta – Isto não está a acontecer– a médica começou o discurso que iria ficar gravado para sempre na minha cabeça enquanto eu chorava contra o peito de Mason. A minha filha tinha morrido. Eu era mãe mas não iria ter ninguém para cuidar, ninguém que precisasse de mim, ninguém para eu ver crescer. O meu coração tinha sido partido e uma parte de mim tinha morrido juntamente com ela, uma parte que eu nunca mais recuperaria.


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Queen Charlotte's Hospital - Página 31 Empty Re: Queen Charlotte's Hospital

Mensagem por Mason Dash Ter 25 Jan 2022 - 18:59

Eu devia estar feliz, pois afinal conseguia o que queria. America tinha regressado dos Estados Unidos solteira, sem qualquer menção do amnésico de quem eu não gostava nada. Devia ter rejubilado, mas percebi no instante em que a vi que algo se passava. O seu olhar, outrora cheio de vida, tinha desaparecido. Imaginava que estivesse de coração partido e que estivesse cansada pelas horas extras que andara a fazer para recuperar o tempo perdido. Das poucas vezes que tentei perguntar-lhe, fora recebido com respostas vagas. Não a queria afugentar por isso não a pressionei. Estava apenas contente por a ter de volta e por a ter só para mim, como tinha sido antes do Prescott se meter nas nossas vidas. Tenho que dar-lhe tempo e tudo voltará aos eixos, pensei para mim, dando-me razões para não me aperceber verdadeiramente o que se passava.
Até àquele momento à beira da estrada em que temi que a ia perder. Aqueles segundos em que não sabia se um carro ia atingi-la por ela ser demasiado teimosa e tentar salvar uma vida ao invés de salvaguardar a sua. Nesse momento, imaginando que a perderia para sempre, mudou muita coisa. E o que se passou a seguir, tão inesperadamente e brutalmente, mudou tudo então. “Não é uma hemorragia ou um órgão com algum problema Mason, é a bebé” dissera ela e eu nem sequer processei ao que ela se referia durante uns segundos. Como assim? Como podia eu não me ter apercebido que ela estava grávida? Eu, que era o seu melhor amigo? Eu que a conhecia há quase uma vida inteira. Mas o meu choque de nada servia quando ela me apertou a mão com força, ela própria dilacerada pela dor e pelo medo. Podia não ter sido um bom amigo nos últimos meses, quiçá no último ano e meio, mas seria-o o agora na altura em que ela mais precisava de mim. -   Eu estou aqui, não vai acontecer nada de mal contigo ou com a bebé – prometi-lhe e durante as horas seguintes tentei ao máximo cumprir essa promessa, acompanhando cada momento do seu trabalho de parto, por muito irreal que fosse estar naquela posição na qual nunca me imaginara. Tentei incentivá-la, tentei assegurá-la de que ia resultar mesmo sabendo que as chances não estavam do seu lado. Segurei a sua mão, afastei os cabelos do seu rosto, sussurrei-lhe palavras de encorajamento sabendo que de nada serviam enquanto a observava, impotente, sem nada poder fazer para lhe tirar daquela agonia. Durante aquele tempo reservei insultos e pragas ao americano que por certo era o culpado de tudo aquilo. – Está quase, Mer! Já lhe vejo a cabeça de fora. É só mais uma vez – incentivei enquanto observava expectante pelo progresso do parto que rapidamente concluiu, mas não da maneira que ela merecia. O barulho da sala era incessante, mas um silêncio sinistro dominava a sala. Mantive-me com America enquanto terminavam os seus cuidados e enquanto aguardávamos notícias da sua pequena. Mas eu sabia e sabia que ela sabia que algo estava errado, que algo estivera errado a partir do momento em que a bebé viera ao mundo.
A médica veio confirmá-lo e o meu coração encolheu-se perante a perda devastadora que America estava a sofrer. Abracei-a fortemente, tentando em vão acalmar os seus desolados soluços e as lágrimas que ela chorava contra o meu peito.
- Lamento muito, Mer. Lamento tanto - murmurei tantas e tantas vezes com ela nos meus braços – Sinto muito.
O que é poderia fazer agora? O que é que lhe poderia dizer? Só sabia que estaria ali para ela tanto quanto pudesse. A médica questionou se ela queria conhecer a bebé antes de a levarem. Eu só questionava se isso seria a última gota para Mer.
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Mensagem por America Singer Ter 25 Jan 2022 - 19:10

Será que eu a queria ver ? E se não a conseguisse deixar ir ? Sabia que muitos pais se arrependiam quando um bebé morria e não lhes pegavam. Assenti sem conseguir falar, esticando os braços para ma darem. Quando a senti nos meus braços, aconcheguei-a ao meu peito - A mãe está aqui. Estará sempre aqui - murmurei entre lágrimas, beijando a sua cabecinha. Ela era tão pequenina que tinha medo de a partir mas sabia que nada a ia magoar - Antes da levarem.. Eu quero uma foto e a mão e o pé - pedi. Se essas eram as únicas coisas que podia ter, queria ficar com tudo o que podia - Mason o que e que eu faço ? - perguntei, sentindo-me vazia. Perdida neste mundo sem o meu coração 
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Mensagem por Mason Dash Ter 25 Jan 2022 - 19:30

Dei-lhe espaço para aquele momento, mas mantive-me perto o suficiente caso ela precisasse de mim. Engoli a seco e mordi o lábio para não deixar transparecer a tristeza que sentia por ela naquele momento. Estava a ver America como nunca a vida antes, e de uma maneira que nunca imaginara ver. A médica assentiu perante o seu pedido e dali a uns instantes a nossa enfermeira-chefe apareceu. Ela era a nossa mentora em vários aspetos e sentia-me aliviado por ela tomar conta do caso. Aproximei-me quando ela me chamou. - Vais despedir-te, Mer, e vais levar contigo para sempre a memória da tua bebé perfeita - sugeri num tom baixo, olhando pela primeira vez para o bebé nos seus braços. Era uma menina tão bonita, mas tão pequenina.
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Mensagem por America Singer Ter 25 Jan 2022 - 19:37

Como é que eu a podia deixar ir ? Como é que podia aguentar a dor que sentia e me partia por dentro - Eu não quero - murmurei, quase sem voz - Eu não tive tempo com ela, não é justo - apertei-a contra mim - por favor vive - pedi apesar de saber que era inútil. Morte não era irreversivel por muito que eu implorasse, por muito que eu rezasse para que trocassemos de lugar
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Mensagem por Mason Dash Ter 25 Jan 2022 - 19:47

Toda ela irradiava dor e perda, era desolador. Eu já vira bastantes desastres naquele hospital, mas nada tão inconsolável como aquele momento. - Não é justo - concordei, sem mais nada poder fazer. Podia sentir o olhar da médica e da enfermeira-chefe sob ela, ambos pesados de pena. Demos-lhes todos tempo, todo o que ela precisou, para ficar com a sua bebé mas a dada altura vi a enfermeira a fazer sinal  - Sei que não estavas preparada para isto, mas tens alguma roupinha na qual a queiras vestir? Por acaso tens alguma coisa no teu cacifo? Se não posso ir arranjar algo ao teu gosto. - Esperava que isto a fizesse sentir algum controlo da realidade.
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Mensagem por America Singer Ter 25 Jan 2022 - 20:02

- Eu.. - comecei a pensar no que tinha. Tinha muita coisa em casa mas era cedo para fazer a mala. Estava a meio da gravidez. A única coisa que tinha era no meu carro, o babygrow que tinha comprado para dar a Heath mas nunca chegara a mostrar - Eu tenho um babygrow no meu carro - engoli em seco. Novas lágrimas começaram a cair, pensando que Heath nunca conheceria a nossa filha - O resto está tudo em casa. É muito cedo, não era suposto acontecer assim - enterrei a cara no seu corpinho, tremendo
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Mensagem por Mason Dash Ter 25 Jan 2022 - 20:14

Tudo aquilo era de partir o coração. - Eu vou lá buscá-lo - Aproximei-me novamente para pousar um beijo no topo da sua cabeça, um bem prolongado. Depois saí do quarto, permitindo-me respirar fundo pela primeira vez e deixar algumas lágrimas correr. Fui até ao seu cacifo e tirei as chaves do seu carro. Como prometido fui buscar o babygrow e quando o vi percebi logo do que se tratara. Tinha tantas perguntas, mais do que nunca, sobre o que se passara nos Estados Unidos e durante a sua gravidez secreta. Só sabia que nunca odiara tanto aquele americano como agora. Já composto, regressei ao quarto.
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Mensagem por America Singer Ter 25 Jan 2022 - 20:19

Fiquei em silencio o tempo todo que Mason saira, decorando todos os detalhes do pequeno rosto que tinha no colo. Parecia que estava a dormir, tão relaxada. Se fechasse os olhos, por apenas um segundo, podia fingir que nada daquilo era real e ela simplesmente estava a dormir. Mason voltou e eu nem me apercebi. O babygrow era quase que uma piada de mau gosto mas era a única coisa que tinha - Só mais um bocadinho - pedi
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Mensagem por Mason Dash Ter 25 Jan 2022 - 20:26

Nem eu nem a médica nem a enfermeira queríamos retirar-lhe aquele último momento com a sua bebé, mas havia procedimentos que tinham de ser seguidos. Sentei-me no canto da cama, não a querendo perturbar. Ocorreu-me perguntar-lhe com todo o cuidado - Qual é o seu nome?
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Mensagem por America Singer Ter 25 Jan 2022 - 20:33

- Haven - murmurei, sem olhar para ele. Tinha sentido a mudança na cama e sabia que o momento estava a chegar mas eu não estava pronta. Afastei-me, protegendo-a contra o meu corpo - Por favor, não a levem já
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Mensagem por Mason Dash Ter 25 Jan 2022 - 20:39

- Haven - repeti, venerando a sua escolha. A filha de America. Também eu nunca a esqueceria. - Não é justo, mas está na hora de dizer adeus, Mer. De te despedires da Haven. - Custava imenso ter de lhe pedir aquilo, mas pensava que melhor eu do que o staff médico.
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Mensagem por America Singer Ter 25 Jan 2022 - 20:45

- É a minha filha Mace, eu não consigo - olhei para ele. O seu olhar dizia tudo. Eu sabia que ele estava a tentar ser racional, estava a ser realista mas ele estava a pedir-me para entregar o meu coração - Como é que eu vou conseguir ?
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Mensagem por Mason Dash Ter 25 Jan 2022 - 21:07

Eu sabia que ela sabia de cor e salteado os procedimentos neste tipo de casos mas não queria ser eu a relembrar-lhe. Nunca imaginei que ela estivesse nesta situação. - Não vai ser fácil, não vai ser indolor, mas a Haven tem uma mãe super corajosa e super forte e vai conseguir lidar com as saudades dela - pelo menos assim tinha esperança.
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